10 de fevereiro de 2012

De bege


Hoje tranquei meu passado. Tranquei na cor bege, porque o lilás não servia mais. Não servia porque ficou pequeno, ou então porque ficou tão largo de saudade que me esmagou, como se esmaga uma barata com o chinelo.
A diferença é que a barata esmagada fica lá espatifada, espalhada, pedindo pra que eu admire o nojento e enfrente o medo. Foi justamente o que fiz com a tranca. Espatifei o medo de bege.
Ou será que quando eu levantar o chinelo, ele vai escapar em velocidade de novo?
De qualquer forma, eu vou gritar...