13:12. Não levantei. Porta trancada. Janela fechada com pedaços quentes de sol atrapalhando o meu não sono. Com o edredom entre as pernas e nada mais do que uma calcinha pra ajudar nesse sufocante calor, olhei, sem muita confiança, com olhos remelados para o ventilador de teto. Está sujo e vai passar a virada assim.
Eu geralmente não gosto dos dias. Mas mais do que qualquer outro dia, esses últimos vinte trinta e uns de dezembro têm me incomodado. E, pra não remar mais contra a maré, resolvi, nesse escuro quente, pesar a consciência na balança clichê dos dias que existi. Sem sucesso. Só gosto disso em aniversários. Virei pro lado e agarrei o travesseiro. Continuo com tosse.
Dessa vez olhando pra esquina do espelho, que beira o chão, com a parede, suspirei e assumi que a verdade é que eu de fato nunca pareço (leia isso como: estou) satisfeita. Injusto com... Vesti a camisola, abri a janela. Andei desengonçada e tonta até o banheiro pra entrar em um banho fresco. Continuei de mau humor. Almoço-Friends-assar cookies-fugir pra companhia da minha irmã.
Não faço coisas que não sei o que significam e ainda assim me pego apaixonada por esconderijos e palavras de um dicionário mentiroso. Chacoalhar a cabeça, cantar até machucar a garganta, escangalhar a cabeça e latejar: "Is someone getting the best of you? You know where you are? You're in the jungle, baby, you're gonna die."
Não estou bem.
Esmaguei duas formigas. Correr para fugir.