tag:blogger.com,1999:blog-72788116464529694842024-03-19T04:48:17.342-03:00Desinteresse MansoMayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.comBlogger62125tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-10327343856291371882013-03-13T13:52:00.001-03:002013-03-13T13:52:30.333-03:00Almoço de livraria
Eu queria mudar o mundo
E queria ser boa em tudo.
E ao mesmo tempo
Queria só um desenho de uma árvore com pássaros
Pra amaciar o coração.
Ele anda muito duro, meio bruto
A cidade me arrancou toda a emoção.
Eu não sou mais à flor da pele
Nem mais escrevo bonito
Eu não sinto nada forte
A não ser a angustia E a vontade do grito.
O que eu sei
É que encontrei um amor
E com ele sou feliz,
Mas ainda Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-55286982462808027492013-01-03T11:52:00.002-02:002013-01-03T11:52:25.738-02:00Bem ferida
É justamente quando entro nesse beco que a ardência, antes
quieta, do estômago ressurge. Quase como se fosse um bicho se contorcendo
dentro de mim. Pois é bem isso. Eu e o bicho em agonia. E não sei mais como
resolver. Se eu tivesse alguma fé olharia para o céu, mas como desconfio até de
mim, em que posso acreditar?
De novo essa tremedeira que não sabe se é de calor ou de frio me paralisa. Não.Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-71761167534916866512012-10-18T10:53:00.003-03:002012-10-18T10:53:48.678-03:00Mudança de casa!Queridos leitores que acompanham o blog,vou começar a postar também pelo Facebook na página do livro Desinteresse Manso.O que estava aqui, vou colocar lá, e o que nascer lá, também vou trazer pra cá!Mas pra quem se interessar, já pode curtir/comentar/compartilhar:http://www.facebook.com/Desinteressemanso
Um beijo!Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-40746214633084787912012-08-20T10:05:00.003-03:002012-08-20T10:06:29.783-03:00Fotografia
Em toda segunda-feira de sol eu sinto falta de viver. Sinto
falta de sentir. Sinto até a falta de nunca ter sentido o mundo mais leve. Eu
queria não ser tão séria e não me levar tão a sério, só um pouquinho, pra de
repente viver como se eu fosse uma bela fotografia, dessas que a gente sente
inveja...
Na verdade, eu queria ser a própria fotografia. Ser sol, ser
sorriso, ser completaMayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-56679510103969761102012-02-10T00:25:00.004-02:002012-02-10T00:41:43.120-02:00De begeHoje tranquei meu passado. Tranquei na cor bege, porque o lilás não servia mais. Não servia porque ficou pequeno, ou então porque ficou tão largo de saudade que me esmagou, como se esmaga uma barata com o chinelo.A diferença é que a barata esmagada fica lá espatifada, espalhada, pedindo pra que eu admire o nojento e enfrente o medo. Foi justamente o que fiz com a tranca. Espatifei o medo de Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-81336034997849246452011-08-15T14:35:00.003-03:002011-08-15T14:44:24.620-03:00Correr da flor Eu descobri que chorar é uma das melhores formas de tirar meu rímel antes de dormir. O que vão pensar do travesseiro manchado eu não sei. Só lembro de pensar nisso pela manhã quando acordo. Mas nessa hora a pressa já me possuiu e anestesiou todas as dores que eu tentei consertar sozinha na noite anterior. A culpa, de ter vergonha e medo do que meu coração suplica por fazer, me cega. Eu Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-77458652776899279122011-05-26T10:29:00.003-03:002011-05-26T10:52:44.167-03:00Não te ver Dessa vez é real. O que eu tanto temi e diversas vezes acordei do pesadelo, respirando e agradecendo à mentira, dessa vez se tornou real. Dessa vez não vou acordar. Dessa vez você não está aqui. Dessa vez é verdade que o barulho das suas patinhas no chão não vão me acordar pela manhã. Seu pulo na cama... as lambidas na cara.. E eu não podia deixar passar em branco. Não podia, não posso e Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-51512852797734989692011-03-11T00:13:00.004-03:002011-03-11T01:00:54.498-03:00Palpite Hoje vim dos palpites. Dos que não cabiam comigo. Eu precisava ser menor. E estou agora presa nessa necessidade de querer o menor. Como se de alguma forma um novo começo grande fosse o evento capaz de me tornar esse menor que estou buscando. Afinal, nunca vi ninguém nascer do meio. Do meio não funciona, penso que talvez nem se possa ser nascido de um meio. Vai contra as regras. Deve-se Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-20741408852350500942011-01-06T12:05:00.004-02:002011-01-06T12:16:04.061-02:00Lágrimas pretas A morte tem dormido na minha cama. Fica ali ao meu lado sentada durante a noite. Não me preocupo. Ela não veio me buscar, e na verdade não creio que esteja esperando por alguém que me cerca. Pelo menos não tão cedo, pelo menos não tão logo. Eu espero. Está ali, muda. Como que para me dizer coisas no silêncio. E como ainda não me ensinaram essa língua, transformo tudo em choro, em rímel Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-88691382362957565672010-12-15T13:00:00.004-02:002010-12-15T13:07:10.923-02:00Tronco E existem esses dias. Quando a gente acorda e se decepciona com o mundo, como se por alguma razão ele nos devesse alguma coisa. Como se por alguma razão, ele fosse o responsável por segurar o tronco. Não, não é. Somos nós mesmos e os galhos, que chamamos de família, que devemos pro mundo. Peço desculpas, meu galhos enfraqueceram.Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-29404692843305304202010-11-14T11:01:00.003-02:002010-11-23T12:31:59.679-02:00Venda do livro Bom dia, pessoal! A partir de hoje já é possível comprar meu livro pela internet. Vocês podem comprar direto pelo site da livraria virtual da Editorama que é www.tmaisoito.com.br ou fazer o pedido pelo site da Livraria Cultura clicando aqui! O livro custa R$ 14,00 mais o frete, e pode ser entregue em qualquer parte do Brasil! Qualquer dúvida me avisem pelos comentários! :)Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-5104222915576452322010-11-08T11:28:00.006-02:002010-11-08T12:44:11.312-02:00AgradecimentoBom dia!!! Eu quero de agradecer a todos vocês que compareceram no lançamento do meu primeiro livro, ontem à tarde na Livraria da Vila. Tivemos a presença de mais de 100 pessoas e uma ótima venda! Foi uma tarde maravilhosa pra mim e espero que pra vocês também! Vou postar algumas fotos agora e algumas mais pra frente. Por enquanto pra ver as fotos em tamanho grande vocês devem acessar meu Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-57087211917234152452010-10-25T11:50:00.004-02:002010-10-25T11:59:26.841-02:00Lançamento: Desinteresse MansoBom dia, queridos leitores e seguidores!Venho com muita (muita, muita, muita mesmo!) felicidade convidar a todos vocês para o lançamento do meu primeiro livro, que leva o nome desse blog!O livro é uma coletânea de alguns textos publicados aqui, junto com novas crônicas, inéditas, escritas especialmente para o livro.Estarei na Livraria da Vila da Alameda Lorena, 1731, no dia 07/11/2010 das 16:00 Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-58367300513695010472010-08-25T12:32:00.003-03:002010-08-25T12:45:38.610-03:00Aguardo Eu estou a esperar que meus frios na barriga voltem. Sem eles sinto que não estou aqui e portanto oca. Sem, é claro, ser oca de verdade, já que não se retira de dentro o que uma vez já entrou. A vida marca, queima, deixa. Eu por enquanto guardo começos de textos e palavras que saíram sem se combinar. Eles virão depois, e virão bonitos em papel e capa. Por isso aguardo. Aguardo que Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-37159900308447033352010-07-05T12:24:00.003-03:002010-07-05T12:27:21.061-03:00Ferida Hoje vi o tempo ser traiçoeiro. Na verdade senti. Senti porque tenho uma ferida aberta faz algum tempo, e é uma ferida daquelas que não se curam. Esse tempo não sabe bem onde deve guardá-la, e por isso leva e traz quando achar que bem deve, e insiste sempre em colocá-la de volta no meu peito que já é inquieto por si só. Sonhei com inúmeras possibilidades pra reparar o que me fiz. Mas ela Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-11784312522540470732010-05-10T08:20:00.004-03:002010-05-10T08:52:16.749-03:00Respiração branca Caso ele tivesse me ouvido. Foi pra isso que sentei no chão de neve. Estava muito escuro naquele beco, a não ser pelo poste de luz que parecia iluminar apenas a mim e ao meu casaco rosa queimado. Eu tremia de frio e me chacoalhava devagar tentando, de alguma forma, esquentar um pouco o meu corpo. Minhas bochechas rosadas começavam a se destacar mais na pele branca, era a falta de calor me Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-84429127807593270122010-04-15T10:16:00.005-03:002010-05-05T08:13:29.307-03:00Sorriso enfim Acordei hoje de manhã com o maior sorriso que cabia em mim. Ele era tão grande, mas tão grande que até o meu coração parecia ter dilatado! Digo dilatado porque até agora ele está batendo tão vivo que eu mesma pareço não caber em mim. Chico me disse ontem pra reinventar o amor e o meu peito está em tamanha satisfação que não acho verbos e substantivos pra descrever! É claro que os que espiam Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-55853900693611472882010-03-19T15:16:00.004-03:002010-03-19T15:42:00.458-03:00Band-aid Pela segunda vez no ano, lá estava eu a observar um cenário sujo. E de novo eu era transparente e caminhava atrás do que via. Só que dessa vez, eu de fato estava lá, era eu, e me observava, e o observava também. Comunicavamo-nos apenas por olhares e silêncios. No parque de supostas diversões, o céu cor de rosa escorria em lilás; era quase noite. Não sabiamos onde caminhar já que quase não seMayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-61901981449359643362010-03-12T11:21:00.005-03:002010-03-12T11:58:28.386-03:00Baú mágico Distorço o mundo como quem não sabe ver puro, transparente. E a minha distorção é tanta e há tanto que não acho mais que possa caber na realidade. Atirei-me pra fora disso enquanto atiravam o pau no gato. O que é que fiz dela? Como é que me faço dela? A verdade é que penso nunca ter me ocorrido. Sempre me esqueço de olhar as ruas antes de atravessar porque a música na cabeça é bonita demais, eMayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-12935172351128673182010-02-27T15:26:00.002-03:002010-02-27T16:09:36.936-03:00A espera de uma peça Escrevo de um teatro-café-livraria que usa um jazz delicioso como som ambiente. Estou a meia luz com um dos olhos fechados enquanto escrevo. Não sei como posso fazer disso sentido já que não da para enxergar muito bem o que tento escrever. É que tenho um sono que está matando! Portanto, tento dormir de um olho só enquanto apoio a cabeça em uma das mãos. Cotovelo sobre a mesa. Odeio ser Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-23233055728425468752010-02-25T08:35:00.004-03:002010-02-25T09:06:28.631-03:00Oh, não! Estou numa fuga de correr atrás. Quero muito algo que consigo quase todos os dias. Porém, no instante do conseguir, fujo. Quase como um cão que corre atrás do próprio rabo! Já o tenho, mas sinto que não, e ao morder percebo que está ali, porém largo sem saber o que fazer com isso. Além disso, não suporto platéias. Esqueço como se fala. É uma espécie de loucura que se fantasia de timidez no Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-72468357570098466622010-01-10T16:42:00.002-02:002010-01-10T17:21:31.170-02:00Sem donos Dois morros amontoados de mato comprido e barracos prestes a cair. Nessa favela imunda tudo estaria como se vê por aí, se não fosse o lago que separava os dois grandes bolos de terra. Claro céu azul, sem sol. E um tronco caido no meio da poluição do lago: única ligação entre os morros. Neste momento me tentei a dar nome as pessoas que estão prestes a aparecer, mas errado seria limitar o queMayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-47318590921787598702009-12-31T18:06:00.004-02:002009-12-31T19:03:33.548-02:00Trinta e um 13:12. Não levantei. Porta trancada. Janela fechada com pedaços quentes de sol atrapalhando o meu não sono. Com o edredom entre as pernas e nada mais do que uma calcinha pra ajudar nesse sufocante calor, olhei, sem muita confiança, com olhos remelados para o ventilador de teto. Está sujo e vai passar a virada assim. Eu geralmente não gosto dos dias. Mas mais do que qualquer outro dia, esses Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-7122580811477357302009-12-09T14:58:00.004-02:002009-12-09T15:38:50.807-02:00Lanterna na água Não se pode mais viver aqui. Se me sou toda doida já e sozinha, como fico pra morar num dia que não sabe ele mesmo se é quente ou frio? A cidade ficou louca também, há dias com chão de água, e noites de escuridão extrema, sem luz de poste, de janela, de Natal. Precisei de velas e galochas. Num ímpeto de egocentrismo eu pediria perdão. Reparei já faz alguns anos que o dia fica de mal comigo Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7278811646452969484.post-88951847300700043322009-12-01T08:49:00.004-02:002009-12-01T09:07:22.851-02:00Madeira clara Abri a janela pra combinar o dia triste lá de fora com o meu dia de triste peito. Percebi um hábito. E era uma intenção ardida de chorar mais do que cabia, do que podia, do que faço costumeiramente, do que fiz esses todos dias. Não o fiz por motivo atípico. Pois, quase como se meus olhos quisessem se suicidar, arrastei o olhar pra baixo e me deparei com uma janela aberta por completa e sem Mayara Facchinihttp://www.blogger.com/profile/13539437478127834345noreply@blogger.com0