25 de fevereiro de 2010

Oh, não!


   Estou numa fuga de correr atrás. Quero muito algo que consigo quase todos os dias. Porém, no instante do conseguir, fujo. Quase como um cão que corre atrás do próprio rabo! Já o tenho, mas sinto que não, e ao morder percebo que está ali, porém largo sem saber o que fazer com isso. Além disso, não suporto platéias. Esqueço como se fala.
   É uma espécie de loucura que se fantasia de timidez no piscar dos meus olhos. Pois bem, o que é que faço com isso agora? É um atraso de percurso! Isso sim! Ou não. Talvez se trate de um disfarçar de incerteza. Mas agora estou certa de que a incerteza não é minha. Mentira. É minha sim e também de outros, que como eu, não sabem se afirmar.
   Oh, não! Acabo de me dar conta que a incerteza não toma só a mim e aos outros apenas, mas toma também a sanidade dos que a tentam solucionar. Melhor então seria deixar incerto para manter a sanidade. Certo? Sim, certo seria se não fosse o contratempo de que agora já ensandeci ao procurar o que é que está dentro dessa toca.
   Fico feliz apenas por não terem me aparecido ainda coelhos atrasados e gatos falantes. Uma vez que nessas condições eu teria que ter também um gato, comer coisas para crescer e descrescer, além de já apenas estar incerta, insana e tímida.
   Oh, não... oh, por favor, de novo, não!

Um comentário:

  1. Realmente gosta dela, né? Sempre preferi a do sapatinho, pois os outros, eu não sinto.

    Dessa vez eu não concordo. Não que faça diferença, mas te acho bem gingada com as palavras. A ponto de esconder o seu "crescer e descrecer", que sim, existe. E é constante.

    Isso não é uma crítica, sou eu que não consigo.

    beijos

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