23 de outubro de 2009

De novo

   É como se uma onda de preocupações aterrorizantes cobrisse meus olhos. Ardem, como se eu não tivesse dormido, ou como se tivesse chorado por horas. Não o ocorreu. Não hoje. O dia é que está ardido por estar. Eu não. Estou bem. Muitíssimo bem. Mas só por estar bem não se deve dizer que o eixos estão certos. Eu guardo um grupo de pensamentos inteiros de preocupação.
   Uma cortina fechada, outra quase toda aberta. Quase, quase. Estão desalinhadas e pra sair da repetência hoje não me importa. Elas estão certas tortas. E tortas certas me deixam por trás de uma moldura singular, que enquadra, ou enretangula, telhados vermelhos, prédios convencionais, ou pontigudos e uma construção imensa e redonda. Toda esta paisagem está suja por um verde afogado.
   Ouçam este suspiro desconfortável de quem caiu pelo Amor de novo.
Eu amo de novo, e de novo, e de novo, e de novo...
   

Um comentário:

  1. Dei um tempinho no meu mal estar só para ler isso aqui. Não gosto de perder o costume. Já perdi muitos e hoje não consigo recuperá-los, mas esta já é outra história. Só queria dizer que fiquei feliz por ter voltado. Apenas isso, pois estou um pouco tonta, com os olhos queimando e no seu verde afogado. (De verdade, seu texto só veio a calhar).

    beijo

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