24 de junho de 2009

Bando de desorganizados

   Vamos lá. Mais um daqueles dias em que acordo ansiosa, tomo banho frio e volto a dormir. Uma hora depois. Outro frio na barriga, outro choque térmico e volto a dormir. Mais uma tentativa, mais um banho frio e não vou dormir de novo. Que falta de senso! Espio os que ainda me tem carinho: "você sumiu, cadê você, o que anda fazendo, aparece..." Pois ouçam, pra mim eu existo o tempo inteiro e viver comigo é duvidar da própria existência. Não me sumo e não me suporto.
   Afta embaixo da língua e um torcicolo safado. Estalo o pescoço a cada pausa para selecionar o que digo aqui. E isso é mera descrição auxílio de imaginação, verídica, porém, descrição. Um bom complemento de tudo isso seria pintar essa mesma cena usando meu moletom velho e laranja ou falar sobre o tic-tac preto que segura a franja do novo corte não tão adorado de cabelo. Não é meu maior incômodo.
   Uma verdade existe e me proíbi de falar sobre ela. Eu estou na medida do possível bem e não quero compartilhar uma vírgula do meu tema destruidor desta vez. Mas meu quase sossego vem de dizer e eu preciso registrar que estou a beira da explosão da raiva por conversar tanto comigo. Como cabe tanta antagonia em um corpo que viveu a mesma vida? Digo-me duas, como se cada uma tivesse um histórico próprio. Agora dor nas costas. São duas histéricas de coração ardido. É um monte de gente em mim que não sabe se acertar.

   Não estou rumando a nada. Boa quarta-feira.

Um comentário:

  1. Elimine a voz em sua cabeça e será verdadeiramente você. Teoricamente é muito bonito isso...
    Que ovelha maldita aquela! Me assustou!
    xD

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